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POEMAS I - Arco-Íris - A Roseira - Dia de Festa - Vida de Poeta - Despedida - Tempo de Estima - Grampo de Cabelo - Duas Faces
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POEMAS I - Arco-Íris - A Roseira - Dia de Festa - Vida de Poeta - Despedida - Tempo de Estima - Grampo de Cabelo - Duas Faces
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CONTOS I - Cedo Demais (final)
CONTOS II - Ciranda, Cirandinha...
CONTOS II - Ciranda, Cirandinha...(final)
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ENCERRAMENTO
NOTA: Todos os poemas que constam no site estão no meu livro de poemas e prosas poéticas O Pequeno Pássaro.

ARCO-ÍRIS
Finalmente o sol entrou nesta casa
em plena noite chuvosa,
afastando as nuvens da tempestade
que eu pensei que tão cedo
não fosse findar,
fazendo surgir o arco-íris
que com suas cores embelezou
todos os recantos
quando você, minha amada,
para nossa morada retornou.

A ROSEIRA
Ela passou e balançou
a minha roseira
despetalando todas as rosas,
fez que não viu
para não se importar
com as pétalas espalhadas,
distribuiu pelo ar
um perfume mais forte
que o das flores desfeitas,
tudo porque ao passar
fez com que eu esquecesse
de todas as rosas
que existiam na roseira.


DIA DE FESTA
É dia de festa no meu interior.
A banda de música toca,
o coreto se enche de gente
ansiosa para ver a comemoração,
um sorriso em cada face
tira do céu a chuva
de uma tristeza muito úmida,
vivida pela espera sem esperança
desfeita ao som da festiva música.
É dia de festa no meu interior.
É aquele em que me faço
homenageado pelo festejo,
reúno pessoas, conto a todos
que Marília finalmente voltou,
peço à banda que toque mais forte
como se precisasse de mais alegria...
E a festividade continua,
pela volta de um amor que tanto possui
para perceber que a festa é sua.

VIDA DE POETA
Estou refugiado,
atraído pelos versos de uma poesia.
Tanto a fazer, lutar, tentar ir adiante,
ir à rua,
misturado à existência alucinada
que o mundo transforma
numa guerrilha...
Entretanto aqui estou.
Esqueço o tempo e pleno de divagações,
amorteço batalhas
Atraído pelos versos de uma poesia.
DESPEDIDA
Poucas palavras...
Uma lágrima... Um adeus...
Parece tão pouco...
A falta de assunto,
uma lágrima na alma
junto a um aceno na despedida.
Significam a transformação de duas vidas,
no instante da separação.
TEMPO DE ESTIMA
Ocorre que às vezes
fico pensando na intensidade
do amor que sinto por você.
Creio que o amor é medido pelo tempo
que continuamos a amar a pessoa que queremos,
mesmo quando vivemos na ausência dela.
O dia em que for esquecida
a dor que foi sentida na separação,
será este também o dia do final desse amor.
Sendo assim, então entendo cada vez menos
o que ocorre, porque entender não consigo:
acontece que quanto mais se passam os anos,
anos em que a vejo
apenas através de lembranças,
a intensidade da sua insistente presença
a cada dia aumenta comigo.



GRAMPO DE CABELO
Violinos tocam, seguindo a intuição,
ao sentir nos acordes o amor, após tê-lo.
Em qual ocasião? Justo a que não vais acreditar...
Eles tocam ao ver o teu grampo de cabelo.
Dormes graciosamente na rede
balançando, e num gracejo que fazes sem vê-lo
fazes uma inconsciente pose de artista,
repousas a mão molemente no teu grampo de cabelo.
Este alfinete sendo transformado num adorno
mais generoso não consigo entendê-lo,
divago, pago duras penitências e sofro
preso por muitos sonhos no teu grampo de cabelo.
É bem suave a carícia que fazem estas lindas madeixas
no teu adormecer, para que não venhas a percebê-lo,
enquanto ele segue mostrando uma candura de menina,
muito bem refletida no teu grampo de cabelo.
Quando um dia a morte me levar deste mundo
e ficares atormentada pelo pesar, que consigas contê-lo,
que não me tenhas mais contigo, mas de lembrança,
deixes ir comigo, o teu grampo de cabelo.
DUAS FACES
Uma situação embaraçosa acontece comigo.
Ela está contida nas duas faces de uma mesma moeda,
na cara e na coroa, que me trazem dois lados opostos,
que formam o drama que estou vivendo.
Por um lado,
percebo o fato de estar amando alguém.
Se a amo, abraço o lado belo da imaginação,
sentindo a vida fluir
mais forte dentro das veias.
Sinto-me mais vivo do que nunca!
Esse cárcere dourado me faz imaginar o futuro
deslizando no doce mel dos sonhos mais bonitos.
Se a quero,
eu me prendo a detalhes ligados ao corpo dela,
que me encantam: os olhos, as mãos, os cabelos, a voz...
Continuando a observá-la, reparo nela a maneira de ser,
de pensar, de agir...
Depois desenho corações nas nuvens do céu,
alcanço as montanhas mais altas, se estamos juntos,
e na praia faço castelos de areia
à espera de que num dia bem próximo
possa tornar algum deles seguro,
no propósito de que possamos habitá-lo, contentes.
Ah, como é maravilhoso querer alguém tão intensamente!
Estar, num grande enlevo, a suspirar no final do dia
como se ainda fosse o amanhecer!
Ver sempre o arco-íris no meio da tempestade,
portanto nunca ver pedras
no caminho que juntos vamos percorrer!
Torna-se mais forte a cada dia que nasce
a semente do amor que germina e cresce,
sendo a lição de vida de um eterno aprendiz
procurar através de uma atenção desdobrada
a melhor maneira de cativar o bem-querer
e sempre receber a recompensa especial,
a de ouvir da pessoa escolhida
que sente o mesmo,
que também está apaixonada.
Ah, que maravilhoso néctar
é divagar tendo esse amor por ela retribuído,
levado ao céu e às estrelas mais distantes
tendo-o comigo, envolvendo-a toda nos meus carinhos!
Mas, por outro lado,
o amor próprio ferido,
os devaneios que a cada dia são pisados e esmagados
vão aos poucos definhando.
Sim! Acordo e logo volto à realidade,
pois os sonhos são diluídos a partir desse momento.
O chão duro mostra-me não haver espaço
para um ideal sonhado, que embora me peça
e chegue a suplicar pelo amor que me seduz tanto,
sabe que não consigo meios para fazê-lo se realizar.
E por que, ao comportar a paixão, que é tão linda,
ela de mim não consegue amenizar
toda uma latente escuridão?
Uma mistura de risos e lágrimas, a situação que vivo,
a alegria por amar e irradiar ternura,
porém vivendo a tristeza por não ser correspondido
nesse acalentado querer,
fazendo que a mágoa
a cada dia aumente, enfim,
tão somente porque, amada Lívia,
você não gosta de mim.
Livia, vivo essa situação tão complexa porque a amo muito. Infelizmente, não sou correspondido.
